Prólogo
Rumores diziam que, outrora, aquela casa fora habitada por uma bruxa que cativava criancinhas com suas guloseimas e as devorava. Outros, porém, contavam que lá vivia um vampiro que saía a noite para se alimentar de mulheres indefesas. Alguns, para assustar mais ainda as crianças, contavam-nas sobre um monstro verde e pegajoso que circundava a casa. De qualquer maneira, todas as histórias tinham um princípio: nada de bom poderia estar dentro daquele lugar.
Os mais novos, no entanto, cresceram, e essas lendas começaram a perder o peso sobre o temor deles. Nada nunca fora visto naquela casa, nem mesmo uma luz acesa, e havia tempo que a casa começava a apodrecer e ruir. Mesmo assim, não era interesse de ninguém invadir aquela propriedade.
A cerca que revolvia aquele lugar era irregular e nodosa, de um metal escuro com setas na ponta. A Grama em volta da casa era de um tom mais mórbido e tudo parecia estar perto da morte. As venezianas, de madeira escura, assim como o resto da casa, começavam a cair, dando um aspecto mais medonho àquele lugar, que por ficar no topo de um pequeno morro, não era visível por completo.
